quarta-feira, 14 de abril de 2010

um pouco mais de Pedro...

"E o meu amado o que diria se eu partisse?



O que diria se este verso não ouvisse?


O que teria em suas mãos senão um corpo dessangrado, cheio de carne, de suspiro, de delírio apaixonado?


Faltaria, porém, o recheio das idéias, a loucura e a razão,


Que transforma um encontro sem graça em uma tremenda paixão!


Mas não tema o meu querido que esse amor desapareça, pois ele é amado ao mesmo tempo por um corpo e uma cabeça.


O corpo ele pode beijar, cheirar, fazer do corpo mulher.


Mas a cabeça o possui, manipula, e faz dele o que quer!


Haja o que houver, do meu amor esse garoto foi o rei.


Digam a ele que com corpo e cabeça eu sempre o amarei.


A marca desta lágrima testemunha que eu o amei perdidamente.


Em suas mãos depositei a minha vida e me entreguei completamente.


Assinei com minhas lágrimas cada verso que lhe dei,


Como se fossem confetes de um carnaval que não brinquei.


Mas a cabeça apaixonada delirou, foi farsante, vigarista, mascarada,


Foi amante entregando-lhe outra amada,


Foi covarde, que amando nunca amou!"


A: Pedro Bandeira.

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